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Bombeiro que agrediu mulher na Madeira sai em liberdade após perdão da vítima
O bombeiro suspeito de violência doméstica em Machico, na Madeira, detido em agosto e sujeito inicialmente à medida de coação de prisão preventiva, foi perdoado pela vítima e o processo foi suspenso.
Saiu em liberdade o homem de 35 anos que em agosto foi filmado a agredir a mulher na presença do filho em Machico, na Madeira. A informação foi avançada este domingo pelo Diário de Notícias da Madeira.
O bombeiro tinha passado de prisão preventiva para pulseira eletrónica em meados de outubro, mas agora foi colocado em liberdade sob a condição de frequentar um curso de prevenção do alcoolismo e de violência doméstica.Segundo o Diário de Notícias, a vítima disse no tribunal que perdoou o agressor e contradisse as imagens, frisando que apenas foi agredida com um murro dentro de casa e que caiu. No decorrer do processo, a mulher indicou que “foi um ato isolado” e que "só não estão juntos enquanto casal por força da medida de coação de proibição de contactos imposta".
Ainda de acordo com o jornal, a vítima dirigiu uma mensagem ao Juízo de Instrução Criminal do Funchal informando que não pretendia continuar o procedimento criminal contra o arguido e reforçando que, antes daquele caso, o homem nunca tinha sido violento consigo nem com o filho de ambos. Telejornal | 26 de agosto de 2025Em outubro, o Ministério Público (MP) deduziu acusação contra o bombeiro detido em agosto no concelho de Machico, na Madeira, por suspeita de dois crimes de violência doméstica agravados, praticados contra a mulher e o filho de nove anos.
De acordo com a acusação, na madrugada de 24 de agosto de 2025, o arguido dirigiu-se a uma habitação em Água de Pena, freguesia do município de Machico, na zona leste a ilha, onde as vítimas se encontravam a residir, e "agrediu violentamente a mulher na presença do filho, o qual não só pediu repetidamente ao pai para cessar a conduta como chegou a colocar-se entre este e a mãe para a proteger".
As imagens das agressões foram captadas por câmaras de videovigilância na casa da vítima e amplamente difundidas nas redes sociais, gerando uma onda de indignação. A mulher foi hospitalizada e ficou sob proteção policial.
O arguido, de 35 anos estava sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica desde 15 de outubro, mas antes, desde 28 de agosto, tinha estado em prisão preventiva, após ter sido presente a primeiro interrogatório judicial.
c/ Lusa